Para avaliação dos agentes considerados estressores pela criança com TDAH utilizou-se a Escala de Stress Infantil (ESI) de Lipp e Lucarelli (1998, 1999, 2005), a qual permite diagnosticar se a criança apresenta um Quadro sintomatológico de estresse em níveis de Alerta, Resistência, Quase-Exaustão e Exaustão. O presente instrumento é composto de um manual e um caderno de aplicação, contendo 35 afirmações, agrupadas em reações físicas, psicológicas, psicológicas com componente depressivo e reações psicofisiológicas. Além disso, um protocolo de interpretação, no qual a criança registra, colorindo o quarto de círculos posicionados ao lado das afirmações. A apuração dos resultados é feita através da contagem de pontos atribuídos à escala Likert, sendo que cada quarto de círculo equivale a um ponto. Como podemos observar nos exemplos:
Pode-se dizer que a criança avaliada tem sinais significativos de stress, quando:
aparecere círculos completamente cheios (pintados) em sete ou mais itens da escala total, ou nota igual ou maior que 27 pontos for obtida em qualquer dos três fatores a seguir: reações físicas (itens 2,6,12,15,17,19,21,24 e 34); reações psicológicas (itens 4,5,7,8,10,11,26,30 e 31); e reações psicológicas com componente depressivo (itens 13,14,20,22,25,28,29,32 e 35) ou a nota igual ou maior que 24 pontos for obtida no fator reações psicofisiológicas (itens 1,3,9,16,18,23,27 e 33), ou a nota total da escala for maior que 105 pontos.
O estresse para Lipp, (2009) possui modelo quadrifásico, composto por fase de alerta, fase de resistência, fase de quase exaustão e a fase de exaustão. Na fase inicial do estresse é produzida a adrenalina gerando dificuldade de dormir, produtividade, criatividade, respiração e humor eufórico. Se o fator causal desaparece, entretanto, se o estresse for contínuo a pessoa adentra o estágio de resistência e o organismo já se sente doente (dificuldades com a memória, cansaço humor tedioso). Se o esforço for suficiente para lidar com a situação, o estresse é eliminado e a pessoa é capaz de superar o processo de estresse.
Se não houver adaptação, o organismo começa a sofrer um colapso gradual e adentrando na fase de quase-exaustão e por fim a exaustão (dificuldade em socialização, humor deprimido e depois apático, insônia) surge o aparecimento de doenças: infarto, depressão, úlceras, pressão alta, diabetes, enfarte, psoríase, além de tristeza, vontade de esconder das pessoas, idéias de morte).